Neste texto eu apresento vários assuntos, aos quais não são convenientes para nós, Cristãos Católicos e o porque de certas práticas não serem aconselháveis para nós.
Para iniciar, vamos falar um pouco sobre...
SUPERSTIÇÕES
Texto retirado do livro "Católico pode? Não pode? Por quê?" de Padre Alberto Gambarini.
Quantas pessoas entram em um lugar somente com o pé direito, comem lentilhas para pedir prosperidade, usam o branco para atrair bons fluídos, vestem sempre determinada roupa para dar sorte, penduram ferradura atrás da porta, batem na madeira para afastar o azar, não fazem nada no dia 13 e evitam qualquer coisa ligada a este número... Para não falar da "maldição" causada por gatos pretos, passar debaixo de uma escada, quebrar um espelho. Essas e outras práticas revelam uma falta de confiança em se e principalmente nos cuidados de Deus. Chama-se ma isso de superstição.
A superstição é a crença de que certas obras, objetos ou números têm força para dar sorte ou azar. Quanto menos uma pessoa conhece e vive o amor de Deus, tanto maior são as suas superstições.
Fé e superstição são duas realidades completamente diferentes. Por quê? A fé está alicerçada nas promessas de Deus: "A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê" (Hb 11,1). Os heróis da Bíblia são apresentados como homens e mulheres que "graças a sua fé em Deus conquistaram reinos, praticaram a justiça, viram se realizar as promessas" (Hb 11,33). Já a superstição cria o medo na pessoa, levando-a a confiar em coisas e não em Deus.
No Catecismo da Igreja Católica, a superstição é apresentada como um pecado contra o primeiro mandamento da lei de Deus: "A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Pode afetar também o culto que prestamos ao verdadeiro Deus, por exemplo: quando atribuímos uma importância de alguma maneira mágica a certas práticas, em si mesmas legítimas ou necessárias. Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que exigem, é cair na superstição" (n. 2111).
PRINCIPAIS SUPERSTIÇÕES
correntes de oração
São determinadas orações impressas em folhas prometendo coisas espetaculares para quem as fizer e as divulgar para outras pessoas. Juntam a essa promessa uma ameaça: "Quem não a faz é castigado". O erro desse tipo de oração está em passar a ideia de que Deus é convencido por uma simples repetição de palavras e por algumas folhas multiplicadas. A esse respeito, Jesus tem um ensinamento: "Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazemos pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras. Não os imiteis, por que vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais" (Mt 6,7).
Dar crédito a esse tipo de oração é acreditar que Deus castiga aquilo que não é pecado e leva a imaginar que Ele tem a obrigação de atender os pedidos de quem copiou várias vezes uma oração. Se isso é possível, Deus deixa de ser Deus para estar condicionado à vontade dos homens.
As principais condições para ser atendido por Deus são:
Oração confiante feita com o coração, e não somente com os lábios:
"invoca-me, e te responderei, revelando-te grandes coisas misteriosas que ignoras" Jr 33,3)
Santidade de vida:
"Então às tuas invocações, o Senhor responderá, e a teus gritos dirá: Eis-me aqui. Se expulsares de tua casa toda a opressão, os gestos malévolos e as más conversações; se deres do teu pão ao faminto, se alimentares os pobres, tua luz levantar-se-á na escuridão, e tua noite resplandecerá como o dia pleno" (Is 58,9-10).
Quanto à ameaças de coisas ruins para quem quebra uma corrente de oração, o verdadeiro filho de Deus não tem esse medo. Existe uma promessa maior do que toda a influência do mal: "Por que escolhestes o Senhor por teu refúgio. Escolhestes, por axilo, o Altíssimo. Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda, porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos" (Sl 90,9-11).
Quebrar espelho
Alguns dizem: "Quem quebra um espelho atrai má sorte para a sua vida". No passado, por falta de conhecimento, existia a crença de que a imagem refletida no espelho era parte do espírito da pessoa. Por isso, se o espelho quebrasse, o mesmo aconteceria com o espírito. Crer em tal mentira é transferir para um objeto sem vida um poder que pertence a Deus: "O espírito do homem é a lâmpada do Senhor: ela penetra os mais íntimos recantos das entranhas" (Pr 20,27).
Ferradura e amuletos
A crença popular afirma que pendurar uma ferradura atrás da porta atrai sorte e afasta o demônio. Na Roma antiga os cavalos dos nobres tinham ferraduras de ouro ou de prata, por isso quem encontrava uma ferradura possuía um tesouro. Também existia a falsa história de um santo que era ferreiro e conseguiu prender o diabo. Para ganhar a liberdade o demônio prometeu que nunca entraria onde houvesse uma ferradura. No século IV os bispos proibiram aos católicos essa superstição, pois a vitória contra o mal vem de Jesus: "Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome" (Mc 16,17). O mesmo vale para qualquer outro amuleto ou talismã (trevo de quatro folhas, arruda, duendes, gnomos...).